Em respeito à necessidade de isolamento, juíza Vanessa Gimenez apresenta à AMAPAR números que atestam a alta produtividade da magistratura paranaense

Rômulo Cardoso Quinta, 23 Abril 2020

À frente de seu notebook com dois monitores ligados diuturnamente, como é comum no ofício Judiciário, a juíza Vanessa Gimenez fez contato com a AMAPAR, por aplicativo de smartphone, para relatar um pouco do seu cotidiano de isolamento e muito, muito trabalho.

 

Em síntese, como tem sido observado desde a adoção do teletrabalho por magistradas e magistrados no Paraná, em decorrência da pandemia sem precedentes da doença COVID-19 ao redor do mundo, as rotinas de análise de processos, sentenças, demais decisões e audiências – sim, mas por videoconferência – permanecem inalteradas.

 

A diferença, por óbvio, está na necessidade de adaptação aos espaços improvisados. As residências, atualmente, são os “fóruns”, as salas e escritórios os “gabinetes”. As audiências, como citado, são por videoconferências, nas telas divididas dos computadores e na esperança de uma boa conexão da internet e bom desempenho das plataformas disponíveis para a realização das oitivas. Ambientes intimistas, muitas vezes solitários e bucólicos, como é no interior do Estado, mas com o mesmo comprometimento de sempre.

 

Ao apresentar um pequeno relatório à AMAPAR, que traz o volume considerável de trabalho dos Juizados Cível e Criminal e da Fazenda Pública, em Cornélio Procópio, comarca em que a magistrada atua, é fácil constatar a alta produtividade, uma constante observada nas últimas semanas com o trabalho remoto. Desde o dia 21 de março, até o final da semana passada, a juíza Vanessa Gimenez e equipe realizaram 16.967 movimentações de processos junto ao trabalho da secretaria. Foram 392 sentenças, 801 decisões e 209, além de 428 arquivados e 111 distribuições.

 

Contou que, na realidade, o que mais tem surtido efeito é a plataforma de conciliação virtual, com a inclusão de mais de 600 audiências. “Sempre que as partes possuem advogados habilitados nos atos, estou fazendo audiências”, relata.

 

A magistrada comenta, ainda, sobre a importância do trabalho realizado com a liberação de valores às partes, principalmente no atual momento, de crise financeira e tanta incerteza. “A movimentação financeira também me surpreendeu. Momento de crise e mais de R$ 700 mil em alvarás judiciais. Importante o Judiciário movimentando mais de 600 processos e liberando valores às partes e advogados”, assinalou.

 

Realmente, a Justiça não para.

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