Comissão firma contrato de locação que cobrirá gastos ordinários da sede da AMAPAR
Rômulo Cardoso Terça, 25 Abril 2017
ECONOMIA - Locação possibilitará cobrir gastos como luz, segurança, manutenção de elevadores, impostos e limpeza.
Desde a inauguração da sede própria da AMAPAR, em dezembro de 2014, construída para qualificar os serviços administrativos e também da JUDICEMED, a diretoria não poupou esforços para locar espaços do primeiro e do segundo andares do prédio, com o objetivo de suprir os gastos ordinários que o empreendimento despendia.
Convidados pelo presidente da AMAPAR, Frederico Mendes Junior, para a “missão” de locar as duas lajes, foram os magistrados Marcos Antônio da Cunha Araújo, Francisco Carlos Jorge e João Maria de Jesus Campos Araújo. Depois de muito trabalho e também de ofertas, a comissão responsável e a presidência assinaram o contrato com o locatário, que atua no ramo de cobranças para instituições financeiras. O valor mensal do aluguel será de R$ 30 mil, o que somará, anualmente, R$ 360 mil à AMAPAR e cobrirá as despesas com luz, água, segurança, manutenção dos elevadores e outras necessidades.
Marcos Araújo ressalta o fato de a locação dos imóveis implicar na redução do passivo. “Pois haverá a necessidade de implantação efetiva de um condomínio, o qual deverá ter seus próprios funcionários de manutenção, além de suportar despesas com seguros contra incêndio, segurança interna e externa, alarme, elevadores, iluminação de áreas comuns, água, dedetizações, IPTU e outros custos, hoje suportados exclusivamente pela nossa Associação. Neste sentido, a locação trará considerável alívio nos custos da sede administrativa”, explica.
Francisco Jorge complementa que o investimento exigido para a conclusão dos dois pisos e da loja térrea, com a locação será possível adicionar uma renda significativa à AMAPAR. “A renda da locação — R$ 30 mil — permite o custeio da sede administrativa, possibilitando o direcionamento de recursos para investimentos da AMAPAR em outros setores reclamados pelos associados”, comenta.
DIFICULDADES E OFERTA COMPATÍVEL
Uma das dificuldades para encontrar locatário compatível, conta Marcos Araújo, esteve justamente pela grande oferta de imóveis comerciais no mercado, somada à crise econômica no país. A falta de acabamento nos andares, como revestimentos, agravou a situação, pois exigiria dos interessados na locação investimento considerável. Mesmo com os entraves do mercado imobiliário, o magistrado conta que ofertas apareceram e a localização privilegiada da sede da AMAPAR, próxima às sedes dos “poderes” e da prefeitura colaborou, além do acesso e número de vagas no estacionamento para veículos.
Francisco Jorge acrescenta que foi ventilada a possiblidade de locar os espaços para o Tribunal de Justiça do Paraná, que acabou não sendo viabilizada. Outras burocracias também somaram ao trabalho da comissão, explica o juiz, como a necessidade de regularização da obra na prefeitura, pela necessidade de proceder a divisão por unidades distintas e obter o habite-se. “Houve necessidade de ser revisado o projeto arquitetônico para atender a exigências da municipalidade, inclusive ante a ampliação da área construída, implicando na necessidade de aquisição de mais potencial construtivo”, comenta.
Fatores econômicos pesaram, acrescenta Francisco Jorge. “Em Curitiba há uma grande oferta de imóveis no mesmo padrão do nosso. A economia retraiu. O mercado imobiliário acompanhou mais acentuadamente essa retração. As empresas seguraram seus planos de expansão. Com isso tivemos que rever os valores de locação até que a Imobiliária “X” nos apontou essa empresa com quem, após intensa negociação, culminamos por firmar a locação, condicionada a que a AMAPAR procedesse a colocação do piso e alguns outros detalhes”, esclarece.
O presidente da AMAPAR, Frederico Mendes Junior, explica que os gastos empregados para deixar a sede apta à locação resultarão em investimentos a longo prazo, pois o contrato é de 10 anos e trará economias à entidade. “Além do valor do aluguel, que são recursos que a AMAPAR e a JUDICEMED receberão, implica também em deixar de realizar algumas despesas, ou compartilhar algumas despesas, como gastos com segurança, a limpeza, os impostos e tarifas de luz e de água. A comissão está fazendo um ótimo trabalho e é muito importante a concretização do contrato de locação”, completa.