Joeci Camargo e Carlos Mattioli recebem no Rio o prêmio “Patrícia Acioli”
Rômulo Cardoso Sexta, 10 Novembro 2017
A magistratura do Paraná esteve bem representada no Rio de Janeiro, na segunda-feira (6), durante a entrega do prêmio “Patrícia Acioli” de Direitos Humanos, promovido pela Amaerj.
A desembargadora Joeci Camargo ficou com o segundo lugar na categoria “Magistrados”, com o exemplar Justiça no Bairro, famoso projeto de cidadania no Paraná.
A terceira colocação também é paranaense. O juiz de União da Vitória, Carlos Eduardo Mattioli Kockanny, recebeu o prêmio pelo destacável Projeto de Combate à Evasão Escolar.
Ao falar com a AMAPAR sobre o reconhecimento de sua iniciativa, Mattioli destaca que a satisfação é ainda maior pelo fato de ter recebido o prêmio ao lado de sua colega, a desembargadora Joeci. “Foi uma pessoa que nos inspirou a trabalhar de uma forma diferenciada, no atendimento mais próximo da comunidade”, comenta.
O magistrado ressalta, também, a importância e o critério da premiação. “Os projetos são escolhidos por uma comissão formada por juristas, professores universitários e sem identificação dos criadores dos projetos, ou seja, a avaliação é técnica”, explica.
Vanguardista
Honrada com a premiação, a desembargadora Joeci Camargo, que capitaneia o Justiça no Bairro, destaca o trabalho humanístico do ato organizado pela Amaerj, ao homenagear a juíza Patrícia Acioli, que foi assassinada no ano de 2011, em Niterói. Também lembra o trabalho do colega Mattioli, que iniciou o projeto de combate à evasão escolar justamente durante a passagem do Justiça no Bairro por União da Vitória, além de acrescentar que o prêmio é um incentivo à magistratura. “É um eterno compartilhar com diversas instituições que fazem a diferença ao preservar a cidadania, o direito e entregar a prestação jurisdicional, solidária, com respeito e responsabilidade social”, completa.
O prêmio
Este ano, o Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli recebeu 223 inscrições, em quatro categorias, com o tema “Direitos Humanos e Cidadania”. Os primeiros colocados de Reportagens Jornalísticas, Práticas Humanísticas e Trabalhos Acadêmicos receberam R$ 15 mil, cada; os segundos lugares R$ 10 mil, e os terceiros R$ 5 mil. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros colocados receberam troféus.
A Comissão Julgadora foi composta por 15 profissionais: Artur de Brito Souza, Daniel Sarmento e Gustavo Binenbojm (Trabalhos dos Magistrados), Elvira Lobato, José Carlos Tedesco e Sergio Torres (Reportagens Jornalísticas), Marcelo Alves Lima, Márcia Nina Bernardes, Mariana Thorstensen Possas e Adilson Cabral (Práticas Humanísticas) e Marco Aurélio Vannuchi, Patrícia Saldanha, Marcio Castilho, Jussara Freire e João Batista de Abreu (Trabalhos Acadêmicos).
Criada em 2012, a premiação celebra a memória da juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, assassinada em 2011, em Niterói, por policiais militares. O Prêmio tem o objetivo de reconhecer e reverenciar iniciativas e trabalhos que contribuam para a melhoria da sociedade brasileira.
O 6º Prêmio tem como parceiros a Caixa Econômica Federal (CEF), a Multiplan, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Anoreg-RJ (Associação dos Notários e Registradores do Brasil-RJ). A premiação tem o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).