Diretor de planejamento estratégico da AMAPAR, Wellington Coimbra de Moura é aclamado como o mais novo desembargador do TJ

Rômulo Cardoso Quinta, 19 Junho 2014

Diretor de planejamento estratégico da AMAPAR, Wellington Coimbra de Moura é aclamado como o mais novo desembargador do TJ

Após figurar em duas listas, o magistrado Wellington Emanuel Coimbra de Moura foi aclamado nesta quarta-feira (18), em sessão do Pleno, como o mais novo desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. Promovido pelo critério de merecimento, Wellington Moura substitui o desembargador Antenor Demeterco Júnior, que se aposentou.

Ao falar um pouco sobre sua carreira e a atividade jurisdicional, o novo desembargador acredita que  um dos grandes desafios no tocante ao exercício da magistratura esteja no modo de modificar a mentalidade fixada na norma formal escrita para uma noção ampla de todos os direitos, em especial dos princípios fundamentais e da realidade social. “Devendo o magistrado compreender a realidade e assumir seu papel na busca de uma sociedade mais justa e igualitária”, comenta.

Confira abaixo alguns pontos da entrevista com o novo desembargador, que também atua na Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR) como diretor de planejamento estratégico.

Quando o senhor iniciou sua carreira? E por quais comarcas passou?

Iniciei minha carreira no ano de 1990, judicando inicialmente como juiz substituto na comarca de Cornélio Procópio e  posteriormente, já como juiz de Direito  nas comarcas de Marilândia do Sul, Pato Branco, Cascavel, Londrina e finalmente, no cargo de Juiz de Direito Substituto em segundo grau, na Comarca de Curitiba.

O senhor exercia a atividade como substituto em 2o grau, ou seja, com experiência relevante em decidir de forma colegiada, enfrentando divergências. Antes, como juiz de Direito, era apenas o pensamento solitário do senhor. Quais as grandes diferenças?

Penso que as diferenças são mínimas. O mais importante da atividade jurisdicional, seja em primeiro ou segundo graus, é que o magistrado tenha em mente que este não é um mero aplicador da lei, um computador preparado para apenas processar a norma e extrair uma solução mas sim, uma pessoa comum com valores próprios, concepções, opiniões intangíveis, diferentes em cada indivíduo, sobre todas as situações do cotidiano, principalmente na hora de decidir, o que afeta diretamente a interpretação do caso concreto.

Assim sendo, perfeitamente justificável a divergência e o voto vencido, pois os magistrados, como seres humanos, não escapam à política nem às pressões ideológicas.

Para o senhor quais são as grandes dificuldades e também satisfações em exercer o nobre ofício da magistratura?

Acho que são inúmeras as dificuldades que enfrenta o magistrado em seu cotidiano, como a carência material e pessoal, mas, sem sombra de dúvidas, a maior delas, ao meu pensar, é modificar a mentalidade fixada na norma formal escrita  para uma noção ampla de todos os direitos, em especial dos princípios fundamentais e da realidade social, devendo o magistrado compreender a realidade e assumir seu papel na busca de uma sociedade mais justa e igualitária.

Assim sendo, creio que a maior satisfação do magistrado é quando, no exercício de sua função, passa  ele a ser instrumento de transformação social.

E o apelido de “Bacana”, como surgiu?

No tocante ao apelido, apesar das "divergências" , penso que, por ser eu um zagueiro altamente técnico, os atacantes do futebol da magistratura paranaense (Gilberto Ferreira, Ritzman,  Chemin,  Ivo, Telmo, Silvinho, Claudinho, Rosaldo ,Massad , Pedro e outros)  finalmente reconheceram a minha  qualidade maior : ser um atleta "bacana".

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