Com discursos voltados ao pleno exercício da magistratura e importância dos familiares, novo juiz substituto toma posse no TJPR

Rômulo Cardoso Quinta, 10 Dezembro 2020

Com discursos voltados ao pleno exercício da magistratura e importância dos familiares, novo juiz substituto toma posse no TJPR

O presidente da AMAPAR, Geraldo Dutra de Andrade Neto, prestigiou na tarde desta quarta-feira, dia 9, a posse do novo juiz substituto TJPR, Leonardo Sippel Linden.

 

O discurso do mandatário da AMAPAR foi de acolhida ao novo colega, que nasceu no Rio Grande do Sul e tem 29 anos. “O Paraná é o Estado que mais recebe juízes de outras unidades da federação. Temos notáveis juízes do Rio Grande do Sul aqui, que se naturalizaram muito rapidamente”, lembrou, ao também enfatizar a importância dos familiares do novo juiz.

 

Ao falar dos primeiros passos na carreira, o representante da Associação lembrou que o respeito é conquistado com muita dedicação. “Você vai se tornar juiz, de verdade, com o seu trabalho e com o respeito perante a comunidade”, disse.

 

O mandatário da AMAPAR lembrou, ainda, que o novo magistrado ingressa em um tribunal de ponta. “Não é retórica, pois conseguimos manter o ritmo de trabalho e o TJPR se adaptou muito rapidamente à atual situação, com medidas eficazes, lógico, na realidade do distanciamento, com trabalho remoto”, destacou, ao lembrar que o Tribunal paranaense foi o único de grande porte a receber o prêmio na categoria ouro do CNJ.

 

Por fim, Geraldo Dutra de Andrade Neto comentou da importância da AMAPAR – entidade com 67 anos de existência e 1200 associados – na vida profissional e pessoal de magistradas e magistrados. “Você pode ter certeza, que a longo da sua longa carreira, sempre poderá contar com a AMAPAR. Faremos o melhor possível”, pontuou.

 

Na sua fala, Leonardo destacou o apoio dos pais e do irmão de pessoas próximas. “Com efeito, os filhos não aprendem pelo que os pais falam, mas pelo exemplo que eles dão e vocês são meus grandes exemplos”, disse.

 

Comentou que o juiz, no atual modelo constitucional, tem o importante papel de mediar a lacuna entre a letra fria da lei e o aspecto humano dos conflitos sociais em sua concretude e singularidade. “Decidir destinos, corrigir injustiças e alimentar esperanças. Promover e proteger os direitos fundamentais, a força normativa da constituição, mas sempre com cautela e prudência, de modo a não transgredir a tênue linha da separação dos poderes da república. É uma missão que de tão nobre torna-se extremamente árdua”, afirmou.

 

O novo magistrado agradeceu a receptividade dos paranaenses, em especial dos colegas de concurso. “Se mostraram extremamente acolhedores durante todas as etapas do certame. Agradeço, outrossim, o tratamento cordial e respeitoso dispensado pela comissão organizadora do concurso e pelos servidores deste Tribunal. Sou gaúcho, mas já me sinto em casa aqui no Paraná e já me considero também um pouco paranaense”, afirmou.

 

A posse foi conduzida pelo desembargador Clayton de Albuquerque Maranhão, que representou o presidente do TJPR, o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira. Diretor-geral da EMAP, Clayton ressaltou que os magistrados conquistam respeito com conduta e exemplo. “Não há lugar para o argumento de autoridade e sim pela autoridade do argumento. Na era dos direitos e do acesso da população à Justiça, o ofício do magistrado não admite vaidades. Entre a lei e a Justiça do caso concreto: como resolver o dilema? A judicatura é uma atividade essencialmente racional. Acima de tudo, o ato de decidir é uma atividade lógica, devidamente justificada”, apontou.

 

O desembargador Clayton Maranhão destacou que o juiz é um ser ontologicamente virtuoso, ainda que humano e suscetível de erros. “Assim, que se busque incessantemente pelo caminho da ética, imparcialidade, independência, ponderação, escuta ativa para todas as versões, compaixão, bom senso, comprometimento, responsabilidade, estudo constante, sensibilidade, lealdade com a sua Instituição, com os servidores e com seus colegas, determinação, inquietude, espírito crítico, sem olvidar da sociabilidade e bem-estar pessoal”, acrescentou.

 

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