BRASÍLIA – PLP 387/2017, que atinge orçamento do Judiciário, rende reuniões de parlamentares com magistrados da AMAPAR e da AMB
Rômulo Cardoso Terça, 18 Abril 2017
Magistrados conseguiram importantes apoios, como do deputado Francischini, para conter as tentativas de perdas nos caixas dos Tribunais.
Magistrados que atuam nas diretorias da AMAPAR e da AMB fizeram nesta terça-feira (18) intensa movimentação no Congresso Nacional, que incluiu reuniões com deputados federais sobre o texto do PLP 343/17, que trata da recuperação fiscal de estados em calamidade fiscal.
O Plenário da Câmara tem feito tentativas durante todo o início desta semana para votar o referido projeto de lei que pode trazer consequências maléficas ao Poder Judiciário. O artigo 11, em síntese, prevê o retorno, às finanças dos estados, dos recursos de fundos de outros poderes, ao final de cada exercício financeiro. Por exemplo, o Judiciário do Paraná poderia ter fundos como o FUNJUS e FUNREJUS, caso não sejam movimentados, alocados a cobrir os prejuízos do caixa geral do Estado.
Representam a AMAPAR nos encontros com parlamentares o presidente Frederico Mendes Junior e o diretor executivo Nicola Frascati Junior.
Frederico Mendes Junior, que é o atual coordenador da Justiça Estadual da AMB, destaca a reunião com o deputado federal Fernando Francischini, do Paraná, da base governista e que apoia a magistratura no ponto específico do PLP 343/2017 e também na PEC 287/2016, que constitui a Reforma da Previdência. “Esse apoio é muito importante para a magistratura nacional. Isso porque o deputado Francischini é um líder nato na Câmara dos Deputados e ocupa importante papel na base do governo. O artigo 11 do PLP 343 inviabiliza o funcionamento do Judiciário dos estados, enquanto a reforma da previdência é extremamente violenta e solapa direitos de todos os brasileiros”, afirmou.
Nicola Frascati Junior, atual tesoureiro da AMB, afirma que a situação não permite a perda de direitos essenciais dos brasileiros, em especial dos magistrados. “Que estão há praticamente três anos sem reajuste dos subsídios. Diante tal constatação apoios como o do deputado Francischini são imprescindíveis”, completa.
A terça-feira em Brasília também rendeu reuniões com líderes do PSD, Marcos Montes (MG); do PSDB, Ricardo Tripoli (SP); do Democratas, Efraim Filho (PB) e do PTN, Alexandre Baldy (GO), além de demais parlamentares da bancada tucana.
Também estão na pauta de interesse da magistratura, em Brasília, tratativas sobre o polêmico projeto de lei que diz respeito ao “abuso de autoridade” (PL 280/2015), em tramitação no Senado, além da Reforma da Previdência.