Parceria entre AMAPAR e escritório René Dotti tem apresentado êxitos na defesa das prerrogativas da magistratura
Rômulo Cardoso Segunda, 25 Setembro 2017
Estabelecida no primeiro semestre de 2014, a parceria entre a AMAPAR e o escritório de advocacia do professor René Ariel Dotti tem se revelado exitosa na defesa judicial das prerrogativas da magistratura. O patrocínio atende as áreas administrativa, civil e criminal, em causas individuais e coletivas, além das ações que envolvem a própria entidade.
Um exemplo do eficiente trabalho desempenhado pode ter como base as demandas na área administrativa, que tiveram até o momento 81% de êxito nas ações julgadas. O núcleo administrativo do escritório atendeu 186 magistrados da AMAPAR e 53 pensionistas, ao somar o total de 99 ações individuais e coletivas.
No âmbito criminal o êxito é de 100%, com 33 ações no total, sendo 14 favoráveis, 4 desistências e acordos e 15 não julgadas. No cível 74% das demandas foram favoráveis e representam 47 ações onde figuraram como parte a AMAPAR, a JUDICEMED e também os magistrados.
A AMAPAR conversou com os advogados René Dotti, Rogéria Dotti e Francisco Zardo, que destacam a confiança depositada no escritório em questões que envolveram os juízos monocrático e coletivo, com processos em tramitação no Órgão Especial, no Conselho Nacional de Justiça e nas cortes superiores.
Confira abaixo.
Na condição de advogado, como é atuar na defesa da magistratura paranaense, de maneira individual e também coletivamente?
René Dotti: O imortal Piero Calamandrei ensina que o primeiro dever do Advogado é confiar nos Juízes. Por isso, é uma honra muito grande para o Escritório ter a confiança da Associação dos Magistrados do Paraná para a defesa de causas individuais ou coletivas de interesse da magistratura.
O quanto pesa no trabalho, pois, muitos processos são no colegiado mais importante do Judiciário paranaense, que é o Órgão Especial?
Francisco Zardo: Todo processo que envolve a atuação em favor de um Magistrado é desafiador e demanda especial atenção do Advogado. Quando o processo tramita no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, no Conselho Nacional de Justiça ou mesmo no Supremo Tribunal Federal o cuidado deve ser redobrado, pois geralmente estes colegiados decidem os casos de maior repercussão, as questões mais sensíveis.
Que avaliação, relacionada aos êxitos e também no relacionamento escritório/cliente, a senhora faz da parceria ao longo dos mais de três anos?
Rogéria Dotti: O aumento da demanda demonstra a confiança dos Magistrados no trabalho do Escritório. Para o Escritório é gratificante, pois nos permite conhecer as dificuldades enfrentadas pelo Magistrado no dia a dia profissional.
O protagonismo que o Judiciário ganhou nos últimos anos chega a influenciar na maneira de atuar como advogado para a AMAPAR?
Francisco Zardo: Com o protagonismo vem a exposição. E com a exposição vem os elogios, mas também as críticas. Por isso, a defesa das ações individuais ou coletivas de interesse da Magistratura devem ser conduzidas com muita responsabilidade pelo Advogado, de modo a preservar a boa imagem do Poder Judiciário e a confiança que o cidadão deposita no Juiz.
Como avalia o trabalho da AMAPAR na defesa das prerrogativas da magistratura?
René Dotti: A AMAPAR tem defendido estas prerrogativas com muita coragem e eficiência. As prerrogativas da Magistratura, especialmente a de julgar com independência, livre de pressões, são estabelecidas não apenas em benefício do Magistrado, mas de toda a sociedade, que busca no Poder Judiciário a realização do ideal supremo de Justiça, como lembra a antológica Prece de um Juiz, escrita pelo Juiz catarinense João Alfredo Medeiros Viana: "Senhor! Eu sou o único ser na terra a quem Tu deste uma parcela da Tua onipotência: o poder de condenar ou absolver meus semelhantes. Diante de mim as pessoas se inclinam; à minha voz acorrem, à minha palavra obedecem , ao meu mandado se entregam, ao meu gesto se unem, ou se separam, ou se despojam. Ao meu aceno as portas das prisões se fecham às costas do condenado ou se lhe abrem, um dia, para a liberdade. O meu veredicto pode transformar a pobreza em abastança, e a riqueza em miséria. Da minha decisão depende o destino de muitas vidas. Sábios e ignorantes, ricos e pobres, homens e mulheres, os nascituros, as crianças, os jovens, os loucos, e os moribundos, todos estão sujeitos, desde o nascimento até à morte, à Lei, que eu represento, e à Justiça, que eu simbolizo”.