Juizado Especial Cível do bairro Pinheirinho faz mutirão de audiências virtuais para dar celeridade e facilitar o acesso à justiça

Com a finalidade de propiciar celeridade e maior acesso à Justiça, o Juizado Especial Cível do fórum descentralizado do Pinheirinho, em Curitiba, fez um mutirão, na sexta-feira (4), que possibilitou a realização de 76 audiências virtuais de conciliação. As atividades também estão em sintonia com a Semana Nacional da Conciliação, promovida pelo CNJ. Quem conta mais sobre a iniciativa é a juíza Beatriz Fruet de Moraes, que atua na unidade do Pinheirinho.

“O acesso à justiça somente será efetivo quando o serviço estiver consentâneo às necessidades do usuário. Não basta apenas que as estruturas físicas do Poder Judiciário alcancem a periferia das cidades, sendo necessário que o serviço possa chegar às pessoas de forma rápida e com entendimento do processo”, comentou a magistrada.

Ela lembra que mutirões são práticas já conhecidas de longa data do Judiciário, mas que agora foram incrementadas com a possibilidade de realizações de audiências no formato virtual. A alternativa também ajudou a encontrar a solução para um gargalo naquela unidade, que era o represamento de processos que aguardavam a realização de audiências presenciais.

“Em uma tarde foi possível atender 150 pessoas e apreciar 76 processos cíveis que aguardavam apenas a realização da audiência inicial de conciliação para ter seguimento. E isto estaria manifestamente comprometido se a presença física das partes fosse necessária”, explicou.

Ela destaca, ainda, que a pandemia foi um momento disruptivo ao Judiciário, que não parou de funcionar, mas que teve o serviço melhorado, com a possibilidade da realização das audiências virtuais.

“As pessoas passaram a ser melhor atendidas e a Justiça chegou mais perto do jurisdicionado porque não foi mais necessário despender tempo e dinheiro para que os problemas fossem resolvidos no Fórum, passando a existir uma nova possibilidade de atendimento. Um exemplo claro disto é este mutirão de audiências de conciliação que permitiu, não apenas um incentivo à solução dos conflitos pela via da conciliação, incentivando a prática, como uma maior celeridade aos processos em tramitação, além da facilidade das pessoas de se conectarem ao Fórum”, acrescenta.

A magistrada ressalta que a conjugação da tecnologia e da inovação, sempre com foco no melhor atendimento ao usuário, levará ao caminho da entrega da jurisdição de forma mais efetiva e mais próxima do seu fim maior que é o da pacificação social.