Juiz José Orlando Cerqueira Bremer recebe título de Cidadão Honorário de Pinhais
Rômulo Cardoso Segunda, 01 Dezembro 2014
Após receber o título de Cidadão Honorário de Pinhais, em solenidade realizada na quarta-feira, dia 26 de novembro, o magistrado José Orlando de Cerqueira Bremer conversou com a AMAPAR e falou da enorme satisfação em ser agraciado com a importante homenagem. “Grau máximo, pois significa o reconhecimento pela atuação jurisdicional e pelo empenho pessoal para a resolução dos problemas afeitos à Vara Criminal e à segurança pública”, afirmou.
Foram mais de seis anos de judicatura em Pinhais. Agora, José Orlando parte para o novo desafio na 9ª vara criminal de Curitiba, pois teve a opção concedida pelo Órgão Especial para atuar na capital paranaense em sessão realizada nesta segunda-feira, dia 1º.
Confira a seguir a entrevista onde o magistrado também fala do cotidiano forense de Pinhais.
Quanto tempo faz que o senhor atua na comarca e hoje, quais as principais peculiaridades de Pinhais no que tange ao cotidiano de trabalho?
Faz seis anos e dois meses. O cotidiano de trabalho, embora gratificante, é bastante cansativo em razão do número excessivo de processos, que somam mais de 6.500, bem como diante do altíssimo índice de criminalidade no município, da superlotação da Cadeia Pública – comprometendo o trabalho de investigação dos Policiais – e, sobretudo, da existência de apenas uma vara criminal neste Foro Regional, ao tempo que outras comarcas similares no Estado contam com três a cinco.
Mesmo estando em comarca da Região Metropolitana de Curitiba, o senhor acredita que exista uma diferença no papel do magistrado, perante a sociedade, em comarcas pequenas (iniciais) e maiores?
Certamente, pois a importância da atuação do Magistrado na solução dos problemas sociais e de segurança pública se agiganta em comarcas maiores. A comunidade confia muito no Juiz de Direito e deposita o mesmo sentimento no Judiciário, mormente no caso de Pinhais, onde os três poderes atuam em parceria para a solução de problemas que, a priori, seriam da responsabilidade do Executivo Estadual, como os relativos à execução da pena, a costumeira utilização da Delegacia como parte integrante do sistema prisional, e o pequeno contingente de Policiais Militares e Civis.
De qualquer modo, e apesar das dificuldades, procuro desempenhar meu papel como Magistrado também fora dos limites e das paredes frias do Fórum, por entender que meu trabalho pode contribuir com alguma melhora na sociedade a que sirvo e por ter sido este um dos motivos pelos quais tornei-me Juiz de Direito.