Jayme Martins de Oliveira Neto quer a participação do 1º Grau na administração do Judiciário

Rômulo Cardoso Quarta, 17 Setembro 2014

Jayme Martins de Oliveira Neto quer a participação do 1º Grau na administração do Judiciário

Presidente da Associação Paulista dos Magistrados (APAMAGIS), entidade que conserva grandes laços de amizade com a magistratura paranaense, o juiz Jayme Martins de Oliveira Neto considerou de extremo sucesso o ato público organizado em Curitiba, na segunda-feira (15), pela AMAPAR, APAJUFE e AMATRA 9, pelas eleições diretas nos tribunais. “O Poder Judiciário tem mudado. Vivenciamos, aqui em Curitiba, uma bandeira que está sendo lançada, será replicada em outros estados e resultará na vitória, com mudança legislativa, ou de regimento interno”, comentou o representante de São Paulo, ao falar dos caminhos para a abertura democrática no Judiciário.

Assim como os demais representantes de associações, Jayme Neto foi enfático ao afirmar que o voto do 1º grau é apenas o meio de colaborar com a administração do TJ, sendo a efetiva participação da primeira instância o real objetivo do ato. “Vivemos uma fase de abertura democrática no país e nós, magistrados, somos muito cobrados. Além disso, não influenciamos nas decisões mais importantes do tribunal ou na confecção do orçamento”, criticou. Em São Paulo, maior estado da federação, são 360 desembargadores e 2800 magistrados, ao todo.

A favor da democracia - Opinião semelhante a do representante paulista tem o presidente da AMAPAR, Frederico Mendes Júnior. Para o magistrado paranaense, o movimento organizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) representa luta a favor da democracia. “A favor que os princípios previstos na Constituição Federal, do pluralismo, da representação democrática, sejam efetivamente aplicados no Judiciário - como já ocorre nos outros Poderes da República. O que se pretende é um Poder Judiciário melhor, capaz de atender a esta sociedade em constante mutação. Quem ganha com a participação de toda a magistratura no processo de escolha dos dirigentes é a população. Isto porque aquele magistrado que está mais perto do povo, que vê e escuta diariamente seus problemas, poderá ajudar na definição das políticas públicas, nas escolhas do Judiciário, na destinação dos seus recursos”, completou Frederico.

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