Antes da posse, Athos Pereira Jorge Junior, novo desembargador do TJ, fala à AMAPAR

Rômulo Cardoso Quarta, 03 Setembro 2014

Antes da posse, Athos Pereira Jorge Junior, novo desembargador do TJ, fala à AMAPAR

 

Com posse marcada para quinta-feira (4), às 16h, no Tribunal de Justiça do Paraná, o novo desembargador da corte paranaense, Athos Pereira Jorge Junior, concedeu rápida entrevista à Associação dos Magistrados do Paraná (AMAPAR).

Promovido pelo critério de antiguidade, o novo julgador, que atuava na vara de Delitos de Trânsito da capital, substitui no 2º Grau a desembargadora Dulce Cecconi, que se aposentou recentemente. Discreto, Athos teceu algumas considerações sobre sua trajetória na área jurídica, iniciada na advocacia por influência do pai.

Como associado da AMAPAR, o magistrado defende a realização de eleições diretas nos tribunais, com a participação do primeiro grau na escolha das cúpulas diretivas. “Filio-me à posição pela democratização e entendo salutar a possibilidade do juiz de 1º Grau votar na escolha da cúpula diretiva”, afirmou.

Athos Pereira, 56 anos, é natural de Curitiba, cursou direito na Faculdade de Direito de Curitiba – atual UNICURITIBA – e ingressou na carreira da magistratura no ano de 1989.

Confira a seguir a entrevista com o novo desembargador.

AMAPAR - Caro desembargador Athos, por quais motivos optou cursar Direito e posteriormente prestar concurso para a magistratura?

Athos - Por óbvio, tive influência na família, pois meu pai, atualmente aposentado, era advogado. Mas, desde criança manifestei aptidão pela argumentação e fui tomando gosto pelo Direito à medida que podia ler alguns livros e sempre achei muito interessante. Advoguei e me realizei como advogado, mas a magistratura sempre me fascinou. Mudando um pouquinho o foco, como advogado pedia e argumentava. Como magistrado, continuei argumentando, mas ofertando a decisão justa.

AMAPAR - O senhor atuava, até a promoção, na vara de delitos de trânsito, onde decidia de forma solitária. E agora, como será a condução das decisões, já que enfrentará divergência na hora de votar em grau de recurso?

Athos - É uma questão de adaptação. Mas sempre tive humildade para reconhecere corrigir eventuais erros, assim como sustentar com firmeza e independência posições que entendo corretas.

AMAPAR - O senhor foi promovido pelo critério de antiguidade ao cargo de desembargador. Como o senhor avalia o “merecimento” nas promoções dos tribunais?

Athos - Durante a carreira, se não estou enganado, todas as outras promoções, da inicial para intermediária e também à entrância final obtive por merecimento. Agora, ao Tribunal, por antiguidade. A questão está sendo estudada com sugestões de todos os estados e, provavelmente, teremos uma regulamentação de critérios de forma objetiva. Isso, sem dúvida, será salutar à medida que se tornem extremamente claros a todos os postulantes.

AMAPAR - Referente às eleições que determinam as cúpulas diretivas dos tribunais, o senhor tem opinião formada sobre a possibilidade de juízes de primeiro grau também votarem na escolha da administração do Tribunal?

Athos - Como associado da AMAPAR, filio-me à posição pela democratização e entendo salutar a possibilidade do juiz de 1º Grau votar na escolha da cúpula diretiva. 

AMAPAR - Possui algum hobby? Tem quantos anos? Natural de qual cidade?

Athos - Aprecio música, como óperas e música clássica, em geral.

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