Justiça no Bairro atendeu centenas de pessoas na Rua da Cidadania do Carmo, neste final de semana
13:57 hs
As filas para o atendimento no evento ‘Justiça no Bairro’ iniciaram logo cedo, às 7 horas da manhã a população já aguardava para receber as senhas na Rua da Cidadania do Carmo, em Curitiba. Esta foi a primeira edição do projeto na capital e aconteceu em parceria com a Prefeitura Municipal da Cidade, que disponibilizou vários serviços como confecção de documentos (carteira de identidade e CPF), corte de cabelo e informações sobre os programas institucionais do município.
O ‘Justiça no Bairro’ presta auxílio para as pessoas que auferem remuneração familiar mensal de até três salários mínimos. No atendimento consensual, muitos aguardavam para resolver a sua situação dentre as mais diversas necessidades como o pedido de alimentos, a realização de um divórcio ou a oficialização da guarda. Também estavam atuando no projeto os médicos voluntários que integram a equipe, eles fizeram mais de 30 perícias em processos já ajuizados.
Foi o caso de Èlvio Roberto Moraes de Campos que trouxe a mãe para fazer o exame. Ela sofre de problemas mentais e estava dilapidando o patrimônio da família. “Vim até a Rua da Cidadania do Carmo para fazer o exame clínico, a perícia médica da minha mãe. Ela tem problema sério, estava emprestando dinheiro e se desfazendo dos bens da família. Com o atendimento aqui já resolvemos tudo, agora ela vai morar comigo e vou poder cuidar dela. Achei o atendimento muito bom, os médicos são excelentes”, disse Campos.
A dona de casa Marli do Rocio de Lima dos Anjos também estava aguardando para fazer a perícia dos sobrinhos. “Minha irmã abandonou os meninos há três anos e eu estou cuidando deles. Eu tenho que orientar em tudo desde o banho, o vestiário e a alimentação. Um deles não tem noção de espaço, eles não saem sozinhos e tudo fica sob minha responsabilidade” esclareceu Marli. O pedido de interdição era de 2.012 e foi resolvido durante a edição do ‘Justiça no Bairro’, concedendo à senhora Marli a curatela dos sobrinhos.
Élvio e dona Marli em atendimento.
Litigioso - grande procura aconteceu também na esfera do litigioso, onde a Universidade Positivo estava atuando com aproximadamente 40 alunos voluntários e cinco professores. Foram atendidos cerca de 200 jurisdicionados que ingressaram com pedidos judiciais.
Consensual - a FAE Centro Universitário, a FACEAR, FAMEC, SANTA CRUZ e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná ficaram responsáveis pela esfera consensual. Os alunos, professores e servidores do judiciário participaram do evento atuando como facilitadores dos acordos, momento em que as partes compactuam do mesmo interesse.
Magistrados - nesta edição estiveram presentes as juízas Luciana Varella Carrasco, Vanessa Jamus Marchi e Vivian Cristiane Eisenberg de Almeida Sobreiro.
Visita
A prefeita em exercício, Mirian Gonçalves, também foi prestigiar o ‘Justiça no Bairro’ e destacou a sua importância em levar o exercício da cidadania à população. “O projeto do Judiciário é realizado em parceria com a Prefeitura em todos os serviços da Rua da Cidadania, incluindo carteira de trabalho, seguro desemprego e outros tantos”, afirmou.
A desembargadora Joeci Camargo, que é coordenadora da ação, ressaltou que o Justiça no Bairro em Curitiba foi idealizado especialmente para ser executado aos sábados e nas Ruas da Cidadania porque nelas são ofertados inúmeros serviços aos cidadãos. “O sábado é o momento em que a população dispõe de tempo para usufruir desses benefícios e para que o Judiciário possa sair do Fórum e vir ao encontro daqueles que precisam, através de alunos universitários, professores, advogados voluntários, equipe do Ministério Público e juízes”, explicou.