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03
Março
2016

Projeto Combate à Evasão Escolar após cuidar dos alunos e pais volta-se agora em 2016 também aos professores

14:02 hs

 

O Projeto de Combate à Evasão Escolar, criado no ano de 2008 junto à Vara da Infância e Juventude da comarca de União da Vitória, pelo juiz Carlos Eduardo Mattioli Kockanny, tem o objetivo maior de evitar a desistência e evasão das crianças e adolescentes dos bancos escolares, além de também fomentar e incrementar o trabalho das Redes de Proteção e Atendimento da Criança e Adolescente dos seis municípios que compõem a comarca.

Desde o início do projeto, com apoio do Ministério Público local e do Núcleo Regional de Educação de União da Vitória, todo ano letivo, já no decorrer do primeiro semestre, são realizadas audiências públicas coletivas, buscando orientar e advertir pais e responsáveis legais acercada importância da manutenção dos filhos na escola, bem como as consequências da ausência da escola não apenas na vida dos envolvidos, mas também sobre a possível responsabilização judicial.

No ano de 2015 o projeto inovou ao criar a “ESCOLA DE PAIS”, oportunidade em que a família de alunos faltosos que continuaram evadidos mesmos após a realização das audiências coletivas foram convocados. Durante três finais de semana pais e mães ouviram especialistas de diversos temas relacionados às causas de desistência da escola detectadas nos anos anteriores pelo projeto, sendo orientados sobre assuntos tais como álcool e outros tipos de drogas, questões de saúde, gravidez precoce, bullying, dificuldades de aprendizado, e atos infracionais.

Neste ano de 2016, paralelamente ao planejamento das audiências coletivas, a Vara da Infância e Juventude e o Núcleo Regional de Educação trazem novo parceiro ao projeto, o curso de Psicologia da Uniguaçu – Faculdades Intregradas Vale do Iguaçu, o qual formalizou convênio com o Poder Judiciário através do CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania.

Por meio do Projeto “ACOLHER BEM” o Curso de Psicologia e o CEJUSC local irão prestar auxílio aos professores da rede de ensino pública vinculados ao NRE, docentes estes que tem ligação direta com os casos atendidos pelo Projeto de Evasão Escolar, eis que recebem alunos “problema” de volta às salas de aula, muitos deles com deficiência de aprendizado e indisciplina, além de envolvimento com situações de risco social e até mesmo a prática de atos infracionais.

O juiz Carlos Mattioli explica que com o ACOLHER BEM se pretende fornecer instrumentos de amparo e capacitação aos professores, com a utilização de todo o aparato do Curso de Psicologia, para que os docentes possam contribuir de forma ainda mais qualificada com a manutenção destes alunos no sistema de ensino, “assim como diminuir o ônus profissional e pessoal de lecionar para este público, o que causa muitas vezes problemas de saúde, estresse, estafa, e não raro afastamento dos professores do trabalho em razão de tais consequências”, complementou.  

Foto: Juiz Carlos Mattioli, acompanhado dos professores Darciele Mibach e Geovani Zarpelon e do estagiário Bruno Ramos

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