AMAPAR apresenta pesquisa que aponta maior confiança e conhecimento da sociedade paranaense sobre o sistema de Justiça

Rômulo Cardoso Terça, 21 Dezembro 2021

AMAPAR apresenta pesquisa que aponta maior confiança e conhecimento da sociedade paranaense sobre o sistema de Justiça

A AMAPAR apresentou na semana passada, durante transmissão online, uma pesquisa verdadeiramente de vanguarda no Paraná, que tratou de analisar como a sociedade paranaense enxerga o Poder Judiciário.

 

Para chegar ao resultado final, na compilação de dados, a AMAPAR contou com a parceria do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), que entrevistou 600 pessoas adultas, em todas as regiões do Paraná, entre 10 a 20 de outubro de 2021.

 

O levantamento procurou identificar o grau de confiança nos três poderes e em diversas instituições nos âmbitos federal e estadual, investigar a satisfação em relação à Justiça paranaense, levantar os meios pelos quais se informam sobre o desempenho e os serviços judiciais e, ainda, escrutinar expectativas e propostas de melhoria da prestação jurisdicional no Paraná.

 

Como enfatizado pelos participantes durante a apresentação dos dados, chama a atenção o aumento, ano a ano, na confiança e no maior conhecimento da população paranaense sobre o Judiciário.

 

 

O sistema de Justiça elencado, por exemplo, formado pelo Tribunal de Justiça do Paraná, Defensoria Pública, Ministério Público e OAB teve avaliação melhor que os poderes Legislativo e Executivo.

 

As instituições que formam o quarteto e compreende o aparelhamento de Justiça receberam o índice de 56% no que caracteriza confiar nos serviços, sendo 32% não confiando e 11% não souberam ou não responderam. Os dados apontam, ainda, que 47% demonstraram confiar no Governo do Estado e 36% na Assembleia Legislativa.

 

Ainda na busca de avaliação do Judiciário paranaense, o observatório da AMAPAR estimulou a comparação com pesquisas similares de instituições com a avaliação do Judiciário em outros estados. Os entrevistados dividem-se entre as alternativas “melhor” e “igual” (36%, em ambos os casos). Os que apontam uma superioridade do Judiciário do Paraná no cotejo com os demais estados são sobretudo os jovens de 18 a 24 anos, os que têm até o ensino fundamental e aqueles com renda de 2 a 5 salários mínimos (para 41% em todos esses segmentos o Judiciário paranaense é melhor).

 

A pesquisa contou com a dedicação do diretor do departamento de pesquisas da AMAPAR e coordenador da Justiça Estadual da AMB, Frederico Mendes Júnior, do vice-presidente da entidade, Jederson Suzin, dos desembargadores Roberto Portugal Bacellar, Ivanise Tratz Martins e Fernando Prazeres, além da contribuição técnica dos cientistas do IPESPE, Antônio Lavareda e Marcela Montenegro.

 

 

Na abertura da apresentação da pesquisa o presidente da AMAPAR, Geraldo Dutra de Andrade Neto, destacou a importância da iniciativa que resultou na pesquisa, ao demonstrar bom nível de satisfação da população nos serviços do Judiciário. “Um feedback muito importante para nós. Um projeto que a AMAPAR inaugura e que pretende ser perene, para que possamos comparar o desempenho nos próximos anos, para que ocorra mais aproximação do Judiciário com a população, para traçarmos rumos e sempre melhorarmos”, disse.

 

 

PROTAGONISMO E PANDEMIA

 

O magistrado Frederico Mendes Júnior também destacou a iniciativa da AMAPAR e lembrou de pesquisas anteriores, como as apresentadas pela AMB e APAMAGIS, também com a participação do IPESPE.

 

 

Ficou surpreso, positivamente, pois muitos aspectos trazidos não chegavam ao conhecimento da magistratura, como o aumento do protagonismo do Judiciário ao longo dos últimos anos e a maior confiabilidade na Justiça. “Se não houvesse essa confiança, me parece, a população não acessaria tantas vezes a Justiça, como acontece, para solucionar os seus problemas”, observou.

 

 

Outro apontamento do magistrado está na pandemia, com o papel fundamental da magistratura, como várias vezes a AMAPAR e a AMB divulgaram. “Fiquei satisfeito com a percepção, de que o Judiciáro teve um papel muito importante na pandemia, para ajudar a amenizar os efeitos no cotidiano das pessoas”, acrescentou.

 

 

FAMÍLIA E SOCIEDADE

 

 

Segundo a desembargadora Ivanise Tratz Martins a pesquisa consistiu numa experiência muito interessante, que trouxe grandes frutos para a magistratura. “Quando começamos o trabalho, não sabíamos qual seria a confiança nas instituições. Mas o sistema de Justiça está de parabéns, pois tanto os índices de confiança, como de avaliação, foram muito equilibrados.

 

 

A magistrada também falou do reconhecimento da população na atuação do Judiciário durante todo o contexto da pandemia, principalmente em áreas afetas à família, aos direitos das crianças e adolescentes, no combate à violência contra mulher e demais questões sensíveis. “O jurisdicionado está muito preocupado em ser atendido nas questões que envolvem o dia a dia dele e de sua família”, pontuou.

 

 

 

LEGITIMAÇÃO SOCIAL

 

O desembargador Roberto Portugal Bacellar avaliou a pesquisa como um verdadeiro presente. Ao rememorar pesquisas anteriores, desde o ano de 1992, ele percebeu, como apontado nos dados, maior conhecimento da população no funcionamento do Judiciário. Elencou que os projetos sociais da população são muito importantes para aumentar o entendimento sobre o sistema de Justiça e a comunicação é outro aspecto a ser investido. "Os projetos que juízes desenvolvem são significativos para elevar os dados referentes ao Paraná. A qualidade dos nossos magistrados aparece na pesquisa. Daqui para frente teremos uma boa oportunidade para melhorar nossa legitimação social, como, por exemplo, explicar e demonstrar os serviços gratuitos da Justiça, como os Juizados Especiais”, lembrou.

 

 

A cientista política Marcela Montenegro trouxe uma informação muito valiosa para o Judiciário no Paraná, pois a avaliação dos paraenses ficou acima da média de outras pesquisas similares no País. “Na realização de estudos similares em outros estados e no nível federal, os dados do Paraná estão acima da média nacional”, disse, ao destacar que quanto mais as pessoas conhecem os serviços do Judiciário, melhor é avaliação. 

 

Para assistir a apresentação da pesquisa acesse aqui

 

bemapbjudibamb403069308 jusprevlogo